O Bitcoin (BTC) enfrentou uma queda significativa no final da tarde de sexta-feira (10). O preço variou bastante entre as diferentes corretoras, refletindo a instabilidade no mercado.
Na Bitstamp, a criptomoeda caiu 9,9%, chegando a US$ 109.863. Na Coinbase, a desvalorização foi ainda maior, com uma perda de 12%, alcançando US$ 107.000. A situação mais crítica ocorreu na Binance, onde o par BTC/USDT viu o Bitcoin despencar até US$ 102.000, resultando em uma queda impressionante de 16,2%.
No mercado de futuros, o cenário foi igualmente sombrio, com mais de 1,5 milhão de traders sendo liquidados em apenas 24 horas. O total das liquidações atingiu a marca de US$ 9,57 bilhões. Outras criptomoedas, como Ethereum, Solana e XRP, também reportaram perdas ainda mais graves, impactando os números gerais.
Por que o Bitcoin caiu nesta sexta-feira (10)?
A quebra acentuada do Bitcoin está ligada à crescente tensão nas relações comerciais entre os EUA e China. A queda começou a se intensificar após Donald Trump comentar nas redes sociais que “algo muito estranho estava acontecendo na China”. Ele mencionou que o país estava enviando cartas a nações indicando novas restrições sobre Terras Raras, um grupo de metais essenciais para a tecnologia moderna.
O impacto real se fez sentir quando Trump, por volta das 17h50 (horário de Brasília), anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre produtos importados da China. Ele descreveu a ação da China como “extraordinariamente agressiva” e uma verdadeira ofensa nas relações comerciais globais.
Bitcoin passa por flash crash na Binance
O Bitcoin viu sua cotação no Brasil variar bastante. A criptomoeda despencou para US$ 107.000 na Coinbase e US$ 109.683 na Bitstamp. Na Binance, no entanto, ocorreu um flash crash, onde a moeda caiu para US$ 102.000 antes de mostrar sinais de recuperação.
No momento da redação, o Bitcoin era cotado a US$ 114.160, apresentando uma queda de 6,3% nas últimas 24 horas.
Criptomoedas menores desabam
Enquanto o Bitcoin passou por essa oscilação, outras criptomoedas enfrentaram quedas acentuadas. Ethereum viu uma perda de 11,4%, enquanto BNB caiu 10,1%. As desvalorizações de XRP e Solana foram ainda mais expressivas, com perdas de 16,7% e 13,4%, respectivamente.
Entre as 100 maiores criptomoedas, algumas caíram absurdamente, como MYX Finance (MYX) com uma perda de 50,4%, e Story (IP) e Celestia (TIA), que caíram 45% e 40,3%.
O valor total do mercado de criptomoedas baixou de US$ 4,1 trilhões para US$ 3,24 trilhões, uma queda de 20,8%. Apesar disso, o mercado já estava se recuperando, operando em torno de US$ 3,72 trilhões enquanto escrevemos.
Mais de 1,5 milhão de traders liquidados
Outro aspecto a ser destacado é o total de liquidações nos contratos futuros. De acordo com dados recentes, 1,5 milhão de traders foram liquidados em 24 horas. Para se ter uma ideia, na última grande queda em setembro, cerca de 400 mil traders enfrentaram a mesma situação.
O impacto financeiro foi expressivo, totalizando liquidações superiores a US$ 9,56 bilhões (cerca de R$ 52,6 bilhões). A maior liquidação única ocorreu na plataforma HTX, no par BTC/USDT, somando US$ 87,53 milhões (R$ 481,2 milhões).
